De há uns tempos para cá, tenho recebido uns comentários aos meus posts, de teor desagradável.
Jamais os publiquei ou iria publicar. São comentários com uma forte carga negativa, destrutivos e muitíssimo ofensivos.
No entanto, têm-me feito dedicar-lhe uns momentos do meu tempo e pensar na pessoa que sente necessidade de os escrever.
Com efeito, se é alguém que me conhece, conhece-me muito mal pois deve julgar que este tipo de comentários me afecta de alguma maneira. Além disso, esta pessoa certamente está a passar por uma depressão, está de mal com a vida e deve estar a precisar de ajuda.
Até vos digo mais: estou disposta a ajudar esta pessoa, a levá-la a ver que há mais na vida do que uma insignificante existência mesquinha.
Mas se esta pessoa é alguém que não me conhece, deixo-lhe aqui uma pequena mensagem: não envie mais comentários deste género. Não são necessários, fazem-me perder tempo e, de qualquer das maneiras, não surtem qualquer efeito em mim.
Convido-a, inclusive, a fazer comentários no meu blog mas construtivos, em que possamos aprender algo, crescer como seres humanos, trocar ideias e experiências de vida.
É este o propósito do meu blog. Foi por isso e para isto que criei o meu blog e o mantenho com muito orgulho.
Estava a ser um dia tão bonitinho – exceptuando a parte dos espirros matinais – até chegar ao meu último tempo lectivo. Hoje foi dia de festa…
Comecei o dia tão bem, tranquilamente, e até apanhei uns chuviscos na cabeça para afastar as ideias negativas.
Arranjei-me toda – material e indumentária a vestir – e arranquei para a escola depois de almoço.
Dois dedos de conversa com as minhas colegas e distribuição de beijos pelos miúdos até chegar a minha hora de começar. Correu tudo bem até chegar ao último tempo.
Cheguei à sala, depositei as coisas, a minha colega abandonou a sala e a minha rotina começa. Quer-se dizer, a muito custo pois os miúdos estavam horríveis, mas lá começou. Abertura de lição, lista de chamada, verificação do homework, rever a matéria dada para confirmar se ficou alguma coisa naquelas moléculas e eis que acontece mais uma situação espectacular.
Mandei o A. tirar as coisas da mochila - como se não fosse autónomo – para começar a trabalhar, 15 minutos passados do início da aula. Este só funciona assim. Só falta eu ir lá escrever por ele, mudar as folhas, etc.
Assim que tirou o caderno da mochila, chamou-me com uns péssimos modos, como se estivesse a chamar um cão… só faltou assobiar!
Chamei-lhe a atenção e disse-lhe que não era nenhuma animal para me chamar assim. É então que se dá a catástrofe…! Ouve-se na sala alguém dizer “é quase…”
- Ok! Pára tudo, ninguém se mexe! Quem foi que disse isto?! - Silêncio de cortar à faca… Os cobardes serão sempre cobardes!
- Ai ninguém se acusa? C. vai chamar o director!
- Ó teacher não…!
Obviamente fiz ouvidos de mercador. O director chegou já informado da situação. Entrou com um ar raivoso e exigiu que o cobarde se acusasse ou então iriam ficar sem intervalo até ao fim do ano. Mas a palavra cobarde diz tudo, certo? É preferível os colegas pagarem as favas por aquilo que não fizeram do que o cobardolas assumir aquilo que fez.
O director ficou especado a observá-los – não deve ter gostado nada de ver que passado 1 minuto eles se estavam a c*g*r para ele –à espera de ouvir uma resposta. Chamou à atenção de alguns deles e depois informou-os que só sairiam dali quando os pais os viessem buscar. Caras de pânico, em geral.
A mim, mandou-me sair pois estava na minha hora.
Então, o que acharam disto? Serão estes meninos um espectáculo como diz a professora titular, ou são todas as professoras (AECs, sala de estudo, intervalo, etc.) que estão erradas? Se as rédeas tivessem sido puxadas desde o 1º ano as coisas seriam assim? O que irá acontecer à turma do 1º ano em que ela vai pegar? Transformar-se-ão em mini-delinquentes? A ver vamos de quem é o mal…
Ainda não me tinha acontecido mas alguma vez seria a primeira. Nunca tinha apagado um comentário mas desta vez fi-lo.
Em primeiro lugar, quero relembrar que este blog é meu e foi criado para registar os meus estados de alma. Como tal, eu posso escrever o que me der na real gana, exprimindo as minhas opiniões e sentimentos. Por enquanto, ainda sou livre para poder dizer o que me apetecer num espaço que é meu!
Segundo, não aceito insultos venham de onde vierem. Muito menos de gente anónima. Não insulto ninguém e nem é essa a minha natureza. E não admito que ninguém me insulte. Afinal queremos ser moralistas e depois insultamos os outros? Por isso, nem vale a pena darem-se ao trabalho de fazer comentários aqui no meu blog. Já sabem que não obterão qualquer resposta e que o vosso comentário vai para o lixo.
Terceiro, são bem-vindos a este blog todos aqueles que quiserem vir criticar construtivamente e comentar os meus posts. Como sabem, pois é prática corrente, respondo-vos a todos. É o mínimo que posso fazer por quem dedica algum do seu tempo a ler-me. Todos aqueles que vierem com a intenção de insultar não são bem-vindos.
Quarto, as dificuldades económicas são uma realidade do meu dia-a-dia. E são bastantes! Dou muito valor a quem trabalha e condoo-me muito com as pessoas que ainda têm menos do que eu. Não menosprezo ninguém pois, na minha maneira de ver as coisas, somos todos iguais e fazemos todos falta uns aos outros.
Quem acompanha o meu blog já percebeu que eu sou assim e quem não acompanha, podia ao menos ter consultado alguns posts anteriores antes de lançar insultos gratuitos.
Quinto, detesto gentinha que leva os dias à boa vida, não trabalha, tem casa que foi dada de graça e um óptimo carro. Isto à conta dos meus descontos que me levam quase metade do meu parco ordenado. Pois eu se precisar de casa, mandam-me ir para debaixo da ponte, subsídio de desemprego não tenho direito porque trabalho com recibos verdes, de Julho até Setembro vivo do ar pois não tenho trabalho e nem sequer tenho subsídios de férias ou de Natal.
Por isso, deixo aqui um conselho, em vez de insultarem as pessoas gratuitamente, tentem conhecer um pouco a realidade de quem estão a ler o blog. Se calhar iriam perceber certas coisas. Não leram? Temos pena! A vida trata de vos dar a lição! Bem hajam!
Este post foi escrito para aqueles a quem servir a carapuça!